PROFESSORA DE TAUBATÉ (SP) PERCORRE PAÍSES DA AMÉRICA LATINA PEDALANDO (...)


Carol Emboava vai fazer trajeto de 13 mil quilômetros por seis países, ciclista montou 'diário' na internet com dicas de viagem e culinária.


Do G1 Vale do Paraíba e Região (*)


(Carol Emboava)



A professora de Educação Física de Taubaté (SP), Carol Emboava, planeja pedalar 13 mil quilômetros por seis países da América Latina. O projeto começou no início do mês de agosto de 2013 em SP, de onde ela partiu, a ciclista já passou pelo litoral do Brasil (PR, SC e RS), Uruguai, Argentina (onde passa o inverno inteiro em Ushuaia, descansando e reorganizando as coisas), indo depois para o Chile, a Bolívia e o Peru, completando 1 ano de viagem. Para registrar todos os momentos da aventura, a personal trainer escreve um ‘Diário a Bordo’ em um blog e também atualiza uma página em uma rede social.


A ideia de realizar a cicloviagem começou há 12 anos, quando Carol tinha 19 anos. Porém, por conta de uma contusão no joelho, ela precisou desistir do sonho. "Eu sempre quis fazer isso, há 10 anos eu planejo. Cheguei a comprar tudo para fazer uma viagem de bicicleta, até que em um percurso de Pindamonhangaba até São Sebastião, eu não consegui voltar pedalando por causa do meu joelho”, relatou ao G1.

De acordo com a professora, uma ortopedista que a examinou na época disse que ela precisava realizar uma cirurgia e não poderia mais andar de bicicleta. Com isso, Carol começou a fazer outros esportes. O montanhismo foi uma das escolhas. "Desde então nunca mais pedalei em longa distância. Fiz faculdade, emendei logo com o meu trabalho e fui fazer montanhismo. Já escalei as oito montanhas mais altas do Brasil, mas ainda faltam duas, que são o Pico da Neblina e o 31 de Março e eu ainda vou chegar ao cume”, relatou.

(Carol Emboava em Barra Velha / Litoral de SC)


Na bagagem, a aventureira leva uma barraca de camping, comida e roupas. "São muitas coisas, eu brinco que são kits: de roupas, culinária, camping, ferramentas e imagens", disse.
Atualmente, Carol está em Ushuaia, onde deve permanecer pelos próximos meses e depois segue provavelmente para a Bolívia. Percorrendo entre 40 a 80 quilômetros por dia, a ciclista não fica com medo dos imprevistos que podem acontecer no trajeto. “Saio logo pela manhã e pedalo até a hora do almoço. Depois até o fim da tarde e eu paro antes de escurecer. Mas eu tenho que pedalar sabendo dos imprevistos, que podem ser tanto o clima quanto um pneu furado”, explicou.

Sem ter amigos nas cidades que tem percorrido, a ciclista - que também é técnica de nutrição e dietética - sempre consegue um local para passar a noite. "Eu chamo de amigos terceirizados. Eu coloco no facebook onde eu estou e com isso alguns amigos dizem que conhecem algumas pessoas na cidade", disse.

Mesmo com o frio, ela não desiste do sonho. Além de conhecer novas pessoas, lugares e culturas, tem sido um tempo para o autoconhecimento. "Eu não espero nada especifico. Mas quero conhecer lugares novos, pessoas, novas culturas e principalmente me conhecer. A gente sai da zona de conforto. No dia a dia convivemos com pessoas diferentes e isso é bom para a gente se conhecer", relatou.

Os textos e as fotos que a ciclista tem publicado no blog durante a viagem vão fazer parte de um livro, que Carol pretende escrever quando voltar ao Brasil. "Eu já queria fazer um diário de bordo e pretendo escrever um livro sobre a viagem ao final. O diário serve para as pessoas saberem o que está acontecendo. Minha família me apóia mas fica preocupada e também é uma forma de sempre mandar noticias para eles", disse.


(Patagônia Argentina)

(Pagônia Chilena)

















Além das páginas na internet, ela montou um site de culinária para as pessoas que pretendem realizar viagens de aventuras. Enquanto percorre as estradas para conhecer outras culturas e novos lugares, a ciclista tem realizado um sonho e sente a sensação de liberdade. "Nos dois primeiros dias um amigo meu me acompanhou e agora eu estou sozinha, vivendo um sonho. Enquanto eu pedalo é como se as amarras tivessem se soltando e estou vivendo algo novo, então eu me emociono, dou risada e converso comigo mesmo", disse a ciclista.

(Carol Emboava)


 Carol Emboava descreve as aventuras na internet e também dá dicas de culinária.  (Foto:  Arquivo pessoal)

Acesse o site www.giramerica.imontanha.com e pelo Face também.


COM KOMBI TURBINADA, PRIMOS CHILENOS REALIZAM SONHO DE IR À COPA!!!

Por: Giovana Sanchez. (Do G1, em Antofagasta).

A kombi turbinada leva primos chilenos em caravana até o Brasil para assistir a Copa do Mundo (Foto: Kombi Mundialera).



A ideia dos dois primos chilenos de mesmo nome era ir de carro para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas José Fernando Sanchez pensou que seria muito mais legal se eles fossem em uma Kombi, que é um símbolo de viagem e também foi o carro há mais tempo produzido no Brasil.


“Compramos duas Kombis, mas acabamos vindo só em uma. Começamos a montá-la em março e terminamos há duas semanas”, disse José Fernando, um mecânico de 25 anos. O primo, José Luis Sanchez, contou que a dupla pagou cerca de US$ 2 mil em cada Kombi e que gastaram mais US$ 5,5 mil com a montagem e pintura. Para ir ao Brasil junto com a Caravana de 800 veículos que atravessa a Cordilheira dos Antes – os primos fizeram um processo seletivo para encontrar mais três companheiros de aventuras. Na página da Caravana no Facebook, eles colocaram um anúncio e, depois, fizeram entrevistas. A “Kombi Mundialera” saiu 12 horas antes da saída oficial da Caravana Santiago-Chile. “Vamos muito devagar, a 70, 80km/h. Precisamos sair mais cedo”, explicou José Luis, professor de música de 28 anos. Além de andar mais devagar, eles vieram de Villa Alemán, que fica cerca de 100km de Santiago, de onde saiu o grupo oficial. Os primos preveem sua chegada a Cuiabá no dia 11, e, para isso, se revezam na direção com os outros viajantes. Dessa maneira, a Kombi quase não para para dormir. Apesar de ter ingresso só para o primeiro jogo, eles vão com a caravana até São Paulo, o terceiro jogo da primeira fase do campeonato.

Os chilenos José Fernando Sanchez, Juan H, Mauricio Paredes, Sebastian Paillan e José Luis Sanchez acompanham a jornada até o Brasil (Foto: Giovana Sanchez/G1)